- Mãe? –
Melissa gritou enquanto a mãe chegava em casa, de mais um dia de trabalho
- Oi meu
amor! – ela disse abraçando a menina
- Por que
você nunca me fala sobre meu pai? – perguntou a garota curiosa
- Eu estou
bem também, meu dia foi razoável, obrigada por perguntar!
- Tá, ta! –
ela disse meio sem paciência – Só acho que eu já sou bem grandinha pra saber o
que aconteceu com meu pai, não acha? – a garota de 9 anos colocou a mão na
cintura meio impaciente enquanto a mais velha ria
- Meu anjo,
por que toda essa curiosidade agora?
- Uma hora
eu iria querer saber sobre isso, e eu tenho o direito! - ela disse um pouco
emburrada – É que a Lizz e a Diana sempre falam sobre como o pai delas é legal
e sobre como eles S-E-M-P-R-E levam elas pros lugares e ninguém faz isso comigo
– a pequena fez um biquinho que não tinha como Ana Paula resistir, mas ficou
firme
- Por que
você não desiste? Quem sabe um dia eu te conte, não tem nada demais.
- Mais eu
quero saber – ela disse ameaçando a chorar, enquanto Ana suspirou pesado
- Sabe, eu
acho que você realmente já está bem grandinha, mais por que você não escova
seus dentes, coloca seu pijama que eu vou começar a te contar uma.. Ahn..
História
- Ebaaaaa
mãe eu te amo – ela disse abraçando a mãe
- Eu sei –
ela riu – também te amo anjinho meu – beijou a cabeça dela
- Mais por
que vai COMEÇAR a contar?
- Porque é
uma looooooonga história – Mel sorriu e saiu saltitando indo até o banheiro
pra se arrumar. Ana Paula dispensou a babá e logo foi tomar um banho rápido,
havia sido um longo e cansativo dia de trabalho, e ainda tinha que começar a
contar a história para a pequena. Ela deu um suspiro cansado, tentando não
começar a chorar com todas as lembranças, claro, ela já havia sido obrigada a
superar tudo isso, mas estava sendo difícil. Melissa estava numa idade em que
queria saber o “por que?” de tudo, e ela não estava pronta pra responder tudo
sozinha. Mel também estava crescendo muito rápido e ela estava perdendo muitos
momentos, trabalhando para poder sustentar sua filha. Saiu do banho e logo
encontrou sua filha sentada em sua cama, balançando as pernas, como sempre
fazia quando estava ansiosa por algo, uma das únicas características que Mel
havia herdado da mãe.
- Filha,
você não quer deixar a mamãe se trocar primeiro não? – a filha bufou e saiu da
cama indo pro quarto dela, enquanto Ana ria achando tudo muito fofo. Ana se
trocou rápido e foi logo para o quarto de Mel – Tem certeza que quer ouvir? É
uma longa historia, o que vou te contar hoje não é nem ¼ da historia
- Eu amo
historias longas! – ela disse sorrindo dando um espaço na cama para Ana
- Tudo bem,
por onde começo? – Ana disse coçando os olhos
- Pelo
começo? – ela disse como se fosse obvio
- Não vou
mais te contar historia nenhuma, olha como fala comigo mocinha! – Ana disse
segurando o riso
- PERDÃO
MÃE! Te amo, comece por onde a senhora quiser! – Ana riu e então começou
- Bom...- agosto de 2003 –
- Para de
puxar meu cabelo – Ana disse cansada, meio irritada para o garoto da carteira
de trás
- Por que?
Ele é feio mesmo, se você ficar sem vai ser até melhor – ele disse indiferente
- SOLTA O
MEU CABELO, MOLEQUE INSUPORTAVEL – ela disse puxando o cabelo dela da mão dele
e batendo no braço dele
- Pra uma
menininha de 10 anos até que você é bem fortinha, porém, sou mais – ele ri
maléfico
- Sou mais
alta que você, seu anão de jardim! – ela mostrou a língua
- Quem
mostra a língua, pede beijo minha querida Ana, está querendo beijinho meu? –
ele diz fazendo bico de beijo, chegando perto dela
- SAI NIALL!
– ela empurrou ele – A ultima coisa no mundo que eu quero é um beijo seu!
- 2028 –
- Hey,
espera, o nome do meu pai é Niall? – ela diz segurando a risada
- Só vai
saber quando eu terminar a historia, e porque a pergunta?
- Nome
estranho da bexiga
- Porque
você ainda não ouviu o nome dos amigos do Niall
- Você não
falou “dos amigos do seu pai”, quer dizer que não é ele? Quem é mãe? Pra que
contar essa parte? Eu só..
- Posso
continuar? – Ana interrompe
- maio de 2004 –
- Você vai
fazer o trabalho de matemática em dupla comigo, não é mesmo amorzinho?
-
Primeiramente, não me chame de amorzinho! Tá bom? Obrigada, de nada. Segundo,
por que eu faria com você? Não funciono sob chantagem!
- Porque
você me ama, não adianta negar. – ele abraçou ela de lado, a qual logo tentou sair do braço dele e
conseguiu
- Ata, vai
sonhando Horan!
- Já estou
Torres! – ele pisca e puxa a carteira pro lado de Ana Paula
- Se você
estivesse sonhando, você estaria dormindo, o que facilitaria MUITO a minha
vida.
- Já ouviu o
termo “sonhando acordado”?
- Idiota
- Olha,
régua nova a sua? – ele disse pegando do estojo dela
- Na
verdade, já tenho ela faz um temp.. TIRA MINHA RÉGUA DA BOCA SEU NOJENTO – Ana
berrava, o que fez ele soltar a régua toda babada
- Toda sua!
– Niall colocou na mesa dela
- AI QUE
NOJO, TIRA ESSA RÉGUA BABADA DAQUI! – ela jogou a régua longe, sem encostar na
parte babada por ele
- Ai amor,
quanto nojinho! Nem quero pensar quando você me beijar.
- Vai
sonhando Horan! – Ana disse olhando pra régua dela, sem menor vontade de pegar
- Repetindo,
já estou Torres!
- 2028 –
Ana viu que
Mel havia acabado de fechar os olhos, olhou para o relógio, 21:30, achou melhor
ir comer e ir dormir, pois o dia seguinte seria outro longo dia de trabalho, e
assim fez.
Amei esse capitulo!!!
ResponderExcluirContinuaa ta perfeito!! :)
Xx Karol
*o* obrigada.. vou postar no domingo :)))
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