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31 de mar. de 2014

Neon Ligths - Capitulo 1


Neon Lights - Capitulo 1 - Reencontro
Existem tantas canções que eu posso cantar para passar o tempo, e eu estou ficando sem coisas para fazer para te tirar da minha mente / Long Distance - Bruno Mars.
Narrador Voice's.

 Eduarda mais uma vez estava sentada no sofá da casa de Gemma com os pensamentos voando além dela, mesmo assim não conseguia de deixar de prestar atenção em algumas partes da conversa de Gemma com o novo namorado. "Quanta melação" -ela pensou consigo mesma. Ouviu a campainha tocar uma vez, mas ignorou esperando que Gemma fosse atender, mas a mesma ignorou ou apenas não ouviu pelo qua tanto que falava ao telefone. A campainha tocou por uma segunda vez, mas nada de Gemma e Eduarda preferiu ignorar. Na terceira vez a pessoa passou a tocar a campainha freneticamente, fazendo Eduarda se irritar. "Falta de dar isso!" -pensou indo atender a porta. Seus olhos se arregalaram ao ver o dono do par de olhos verdes atrás da porta, as palavras enroscaram na boca dela. Fingiu ignorar a presença dele, mesmo com o coração numa batida de heavy metal no peito, deu espaço e foi para o sofá.

-Gemma seu irmão está aqui -disse um pouco alto para que Gemma pudesse ouvir, mas a mesma deu de ombros no telefone.
-Até quando vai tentar me evitar? -ele perguntou com o mesmo sorrisinho cafajeste de sempre, segurando uma pequena risada.
-Não estou te evitando -a mesma disse se sentando.
-Você nem olha nos meus olhos, sempre chama alguém para ficar perto da gente. Medo de não aguentar ficar no mesmo ambiente que eu? -provocou.
-Por que justo eu teria medo? -ela disparou em seguida.
-Pelo simples fato que você já me amou um dia e tem medo que isso aconteça de novo. -O.K. ele havia tocado na ferida dela.
-Não te amei, se apaixonar é uma coisa, amar é outra. Existe um abismo bem grande entre elas. -mentiu.
-Me conte mais como é enganar a si mesmo -apoiou o queixo na mão fazendo a garota revirar os olhos.
-Idiota -ela se levantou e subiu para o quarto de hospedes onde estava instalada enquanto seu apartamento não ficava pronto.

Se deitou na cama e afundou a cabeça no travesseiro sentindo o cheiro do amaciante impregnado ali. Sua cabeça estava a mil, era ódio misturado com mágoa. Ele havia vindo para Chesire a dois dias passar os feriados com a família dele, mas não perdia a chance de mexer com ela quando a via, em todos os sentidos. Fechou os olhos sentindo lembranças voltarem aos poucos nitidamente em sua mente.

-2011- 

-Harry me solta -ela esperneava tentando chutar a cara dele- cócegas não são engraçadas.
-Então retire o que disse -ria da risada estranha da garota.
-Nunca! -ela retrucou ainda rindo.
-Então nunca irei parar de e fazer cócegas -ele continuou com ela presa entre as pernas.
-Não me obrigue a.. -ela não terminou.
-Não te obrigue a..? -ele provou rindo.
-A isso -ergue um dos joelhos acertando as "bolas" dele.
-Caralho -caiu do lado dela se contorcendo de dor com os olhos fechados-
-Bem se não era broxa, agora é -ela riu se levantando.
-Broxa que tirou a sua virgindade -ele retrucou ainda rolando de dor.
-Mero de detalhe -ela saiu do quarto rindo o deixando ali.
-Vagabunda! -ele exclamou rolando de dor a fazendo rir mais ainda no corredor.

-2014-


Eduarda rolava na cama com uma provável raiva de si mesma por ainda guardar consigo mesmo tais lembranças, como tinha ódio dele, como podia fazer tudo que fez e voltar achando que poderia agir como se nada tivesse acontecido? E ainda por cima querer ter ela novamente. Isso era um tremendo de um absurdo para ela.  Fechou os olhos novamante tentando afastar esses pensamentos, não preciso nem dizer que foi em vão não é?

-2011-

-As escondidas? -ela disse virando o rosto para ele, estava no meio de suas pernas com a cabeça repousada sobre o peito dele, mas agora ela o encarava- Não sei se isso iria dar certo.
-Acredite em mim, é melhor para o momento. -ele afirmou tentando a manter mais confiante.
-Mas.. -ela pensou em argumentar, mas não tinha argumentos- tudo bem, se você diz.
-Eu te amo e você sabe disso, seria incapaz de fazer algo que te machucasse -ele havia amaldiçoado essas palavras, talvez pelo fato que as não cumpriu.

-2011, alguns meses depois-

-Como assim ? Você pirou ? Além de me manter as escondidas, ainda tem outra a qual assume? Agora não sei se me sinto corna ou a amante -ela riu irônica no celular.
-Então Eduarda, já fazia tempo que queria dizer que precisamos conversar -as tão clichês palavrinhas a fizeram engolir seco- Não dá mais pra gente, eu quero curtir e aproveitar como viu, ficar preso a alguém não é para mim, pelo menos não agora.
-"eu te amo e seria incapaz de fazer algo que te machucasse" -ela falou o imitando a uns meses com uma voz esganiçada- Você é um cretino mentiroso, vá a merda.
-Eu não tive a intenção, fugiu do meu controle -ele tentou falar.
-VÁ PARA O INFERNO -ela gritou- Se era você quem não queria, agora sou eu também. Faça bom proveito da sua vida de solteiro, adeus! -ela disse com raiva e por fim desligou o celular na cara dele.

-De volta a 2014- 

Ela jurou que nunca mais sentiria nada por ele, além de raiva, claro. Mas nesse momento era inevitável. Ela sentia uma mistura de dor e amor, mas nunca admitiria nem para si mesmo isso, era orgulhosa de mais, e como dizem "gente orgulhosa não vai a lugar a algum". Mesmo assim só ela sabia como quantas vezes o sorriso dele havia feito ela mais feliz, talvez no fundo ela ainda quissese ter estas vastas lembranças consigo, mas queria distância dele. Sabia quanta merda poderia dar se ele continuasse perto, resistir a Harry Styles não era uma tarefa fácil, muito menos para ela que o ama, mesmo que negue a si mesma tais sentimentos. Era simplesmente preciso ser forte.

Ela se levantou e respirou fundo descendo as escadas novamente. O viu no sofá vendo TV, um filme com cenas meio, digamos assim, fortes. Fingiu não ver e seguiu até a cozinha, Gemma permanecia no celular, qual Eduarda pegou e desligou na cara do namorado da garota, sem nem dar tempo para que Gemma respondesse, ela disparou.

-O idiota do seu irmão está aqui a mais de 15 minutos, mas você não sai dessa merda de celular a meia hora e suas melações me irritam -disse e saiu da cozinha se sentando na sala.

Harry a observava de rabo de olho, de longe se notaria como ela mudou. Os cabelos um pouco mais curtos, um pouco mais alto, ela havia "encorpado" também, o cabelo tingido num tom castanho escuro, os olhos azuis mais realçados que nunca, o aparelho ortodôntico já havia sido retirado -e seu sorriso era ainda mais bonito aos olhos dele, se é que é possível, só para constar- Ele a conhecia muito bem, sabia que ela era de muita inteligência, que o impressionava as vezes, talvez pelo fato que ele ão fosse lá muito inteligente. Sabia que ela tinha um coração puro apesar de tudo, que a bondade dela era imensa. Mas agora ela estava diferente, queria ser livre e independente, havia jurado nunca mais se apaixonar e ele teria que tentar fazer ela quebrar a própria promessa.  Ele mal sabia que ela havia "congelado" o coração dela, agora ela tinha ódio no coração e isso era culpa dele, ela a tornou fria.

Eles discordavam em muitas coisas, eram realmente opostos -não que eles acreditassem naquela baboseira de "os opostos se atraem"- brigavam a toa, mas no fim tudo isso acabava em abraças e promessas, mas tudo isso se quebrou com o tempo. Ele adorava a provocar, sabia como ela se irritava fácil com um simples "eae", coisa que até hoje ela detesta.  Mas no fim de contas eles tinham algo muito grande em comum, eles eram loucos um pelo outro e amavam cada dia mais.

Gemma entrou na sala ainda um pouco boquiaberta com a atitude da amiga alguns segundos atrás, tudo bem que Eduarda não suportasse a presença de Harry e muito menos ficar sozinha com ele, mas aquilo havia sido absurdamente absurdo.

-Horas depois-
Harry havia mentido para a própria mãe dizendo que não estava passando muito bem para não ter que comparecer a um jantar de família, assim que a mãe saiu, alguns minutos depois na verdade,  ele pegou seu carro e seguiu em direção onde sabia que Eduarda estaria essa noite. Sin City, apenas uma boate não muito longe de Chesire, não havia nada de tão errado nela como o nome aparentava. Somente muita bebida alcoólica, mulheres muito oferecidas ou "putonas" na linguagem de Eduarda e muito consumo de drogas, até mesmo por menores de idade.
Se sentou em um banco do bar e observou pessoas passarem por ele, procurava Eduarda entre todos, mas não a via em quanto algum.
...
O local já estava lhe dando enjoou com todo aquele cheiro de drogas, ainda mais depois da quantidade de whiskys ingerida pelo rapaz. Abriu a porta da casa da irmã, o silêncio ainda era notável, oque era bom, afinal ele não queria bronca alguma pela bebedeira uma hora dessas. Se jogou no sofá ainda meio zonzo, aos poucos o sono foi aparecendo. Mas, algo lhe interrompeu quando ouviu barulho da porta, ergueu um pouco a cabeça para que pudesse ver, mas deveria não ter olhado. Eduarda e outro cara se beijando, ainda por cima nem perceberam a presença dele ali. Aos poucos os dois foram vindo para o sofá, Harry continuou apenas quieto olhando, até Eduarda cair encima dele com o cara e se levantar desesperada. O cara que estava com ela parecia um pimentão de tão envergonhado, Harry olhava -encarava- fixamente Eduarda, e de certa forma, ela também olhava para ele o que faziam que ambos sustentassem contato visual sem dizer absolutamente nada. "Você é um otário, foi atrás dela tentando recuperar tudo e ela aparece ai com outro cara" -Harry pensou e viu que o cara havia dado no pé. Eduarda que logo percebeu também, correu escadas a cima envergonhada e foi diretamente para seu quarto, mas logo ouviu os passos de Harry atrás dela.
-Deveria tomar cuidado quando fosse fazer certas coisas -ele disse pentulante.
-Eu não havia te visto -respondeu sem nem o olhar.
-E so por isso você ia se pegar e fazer sei lá oque com o cara no sofá?
-A casa também é minha, eu também pago o aluguel tenho direito de fazer o que eu quiser, onde eu quiser.
-Mas deveria se por ao respeito que outra pessoa mora aqui.
-Gemma só volta amanhã, então.
-Mesmo assim, você tem visitas em casa, deveria se dar ao respeito.
-Quem é você pra falar de respeito comigo seu viadinho de merda? -vociferou.
-Viadinho? -ele riu- Posso ser muita coisa, mas isso não. E você, deveria saber melhor que ninguém, meu amor -ele provocou.
-Cale a boca -ele foi para cima dela a prensando sobre a parade- Me solte.
-Repita oque disse -ele ainda a prendia contra ele deixando seus corpos completamente colados-
-V.i.a.d.i.n.h.o -disse pausadamente- Agora me solta.
-Vou ter que te provar que não agora, queridinha -ele disse roçando os lábios no pescoço dela, enquanto uma de suas mãos que estava livre passeava pelo corpo dela.
-Harry sai de perto de mim -ela disse, mesmo querendo que a proximidade só aumentasse.
-Não me pareceu convincente. -ele sorriu vitorioso dando pequenos e delicados beijos por ali.
-Harry eu já disse pra parar -ela disse arrepiada.
-Por que?
-É simplesmente absurdo -ela suspirou- Você me deixou e agora quer que eu vá pra cama com você como se nada tivesse acontecido? Como se eu fosse uma de suas putas?
-Eu nunca disse isso, primeiro que você nunca poderia ser uma delas, porque eu te amo -ele disse firme.
-Mas eu não acredito nada disso, você já me magoou uma vez -ela tentou se soltar, mesmo não querendo aquilo. Mesmo com a quantidade de álcool que ela havia bebido, que não era pouco, ela ainda tinha um pingo de consciência do quanto aquilo era errado.
-Eu sei que eu errei, mas eu quero concertar isso -ela ia dizer algo, mas ele a beijou colando mais seus corpos ainda. Era algo inevitável, as mãos dela já passeavam pelo corpo dele, um queria matar a saudades do corpo do outro, mas ela sabia que depois se arrependeria de cada minuto dessa noite.- Eu te amo -ele disse entre beijos a guiando para cama, como dizem, o álcool entra e a verdade sai.

"Você já se pegou sozinho pensando em coisas que nunca deveriam ter acontecido ?Talvez eu não deve-se me lembrar desses momentos, mas coisas importantes ficam gravadas para sempre.Como alguém pode se esquecer de momentos e pessoas tão importantes. Eu nunca iria esquecer de nada, por mais que isso fosse o correto. Amar ele foi muito mais que algo de desejo e corpo, foi algo de sentimento, mesmo que isso nunca deve-se ter acontecido. Hoje sinto a dor de ter amado ele um dia, talvez arrependimento. Mas, naquela época era tudo que eu precisava pra mim. 
Ele era aquela pessoa irritante que teima com tudo que você diz, que sente ciúmes de tudo. Aquele que me causou aquele maldito frio na barriga, aquela confusão na cabeça. Aquele sentimento lindo, a ansiedade para ver ele e sair correndo. A vontade de sair por ai é gritar para o mundo que essa pessoa é sua . Esquecer de como era bom o abraço daquela pessoa, de como você se sentia bem por perto. Da insônia que ela me causava. Das brigas por motivos mais idiotas. Dos dias que passava lendo somente para tentar esquecer. Dos sorrisos bobos que nasciam em meu rosto quando via ele. Do frio na espinha que sentia ao ouvir sua voz. Das inseguranças. Das noites que eu passava revirando na cama vazia procurando por alguém. Foi tudo tão bom, foi inesquecível. Mas o certo é seguir enfrente, só fui mais uma para ele. - Eduarda Castro"

Continued...

2 comentários:

  1. eu Amei esse capitulo!!
    e tbm Adorei esse mini textinho no final <3
    Continuaa ta perfeito!!! :)
    Xx Karol

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